CRIANÇAS DE 6 A 11 MESES DE IDADE DEVEM TOMAR A “DOSE ZERO” DA VACINA CONTRA O SARAMPO, QUE JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NAS UNIDADES DE SAÚDE
A “dose zero” não substitui as demais já previstas no calendário nacional de vacinação. Além dela, as crianças vão continuar tendo que tomar as doses de rotina: aos 12 meses, com a vacina tríplice viral, e aos e aos 15 meses, com a vacina tetraviral
Seguindo orientação do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina (SES/SC ), Cordilheira Alta começou na última quinta-feira (22), a aplicação da chamada “dose zero” da vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – em todas as crianças com idade entre 6 e 11 meses de idade. A aplicação desta dose extra, segundo o Ministério da Saúde, é uma medida preventiva para proteger os bebês desta faixa etária, já que eles estão mais suscetíveis a casos graves da doença e ao óbito.
A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), da SES/SC, Lia Quaresma Coimbra esclarece que a “dose zero” não substitui as doses da vacina já previstas no calendário nacional de vacinação. “Isso quer dizer que, além da dose zero, as crianças vão continuar tendo que tomar as doses de rotina: aos 12 meses, com a vacina tríplice viral, e aos e aos 15 meses, com a vacina tetraviral”, esclarece a gerente.
A vacina é a única forma de prevenção contra o sarampo. Além das crianças, jovens e adultos também precisam tomar a vacina contra a doença. Quem não tomou as duas doses da vacina, não lembra ou perdeu a carteirinha de vacinação precisa regularizar a situação vacinal de acordo com a faixa etária. Pessoas entre 1 e 29 anos devem tomar duas doses com um intervalo mínimo de 30 dias entre elas e pessoas com idade entre 30 e 49 anos, devem tomar apenas 1 dose.
As vacinas que previnem o sarampo são: a Tríplice viral (protege contra o sarampo, caxumba e rubéola) e a Tetra viral (protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e catapora). Elas são seguras, gratuitas e estão disponíveis nas mais de 1.000 salas de vacinação dos postos de saúde dos 295 municípios catarinenses.
Sarampo em Santa Catarina
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela DIVE/SC na última segunda-feira (19), o estado tem 15 casos importados confirmados de sarampo e outros 5 em investigação. Entre os 15 casos importados confirmados, 3 foram em tripulantes de um navio que atracou no litoral catarinense em fevereiro de 2019. Outros 12 estão distribuídos nos municípios de Florianópolis (10), Guaramirim (1) e Barra Velha (1).
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. O vírus se espalha facilmente pelo ar através da respiração, tosse ou espirros. Uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para uma média de 12 a 18 pessoas que nunca foram expostas ao vírus anteriormente ou que não tenham se vacinado.
Os principais sintomas do sarampo são: febre, tosse, coriza, aparecimento de manchas vermelhas no corpo e olhos avermelhados. Apresentando sinais e sintomas do sarampo, o serviço de saúde deve ser procurado imediatamente para que seja feito o diagnóstico e tratamento da doença.